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ALEXANDRE CAYÊRAS

( São Paulo – Brasil )

 

Nascido na cidade de São Vicente, em São Paulo.
É ator, poeta, dramaturgo e artista visual.
Iniciou sua jornada artística aos 15 anos, quando já era residente no estado de Sergipe. Suas poesias tendem a tratar a angústia humana, diante de seus conflitos internos. Temas como a comunicação e a linguagem, a eminência da morte, a natureza das paixões e os infortúnios das relações líquidas da modernidade.
Inspirado em artistas de diversas correntes literárias, como Fernando Pessoa, Paulo Leminski, Walt Whitman, E. E. Cummings, Mário Quintana, dentre outros, o poeta Alexandre, busca decifrar por meio de verso subjetivos, mas com a simplicidade que cabe aos jovens imersos em uma ausência de fluidez na comunicação. Com isso, sua intenção sé fazer com que suas palavras cheguem até os olhos mais apressados.
 

 

NOVO DECAMERON. Antologia poética. Org. Rodrigo Starling, 2021. 235 p.   ISBN  978-65-994-783-7-6-1    
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

NÃO SE DEMORE

 

Traz-me um trago
De tudo aquilo
Que causa estrago.
Que revela tudo,
Que move o mundo,
Por outro alguém.

Há uma certa urgência
De vir à galopes
Acariciar carência,
Colher com a mão
O próprio coração.

Não se pode esperar
Que chegue a manhã.
Tem que se entregar.
Dá-me tudo hoje,
É isso que nos move.

Injeta-me tua dor.
Prometo tudo que puder
Para lhe ter amor.
Serão tuas minhas horas,
O instante infinito, o agora.

Tem que navegar.
As correnteza de nós dois
Acenam para o abismo.
Desejo-te às pressas
Anseio às avessas.

Mata a minha sede.
Devora-me em teu mar.
É o meu vazio que te pede:
Seja tudo que me faz,
Destrua toda a minha paz.

Se não vens, morrerei.
A sorte agoniza a urgência.
Sem nós, nada serei.
Amar é um vício,
Seja objeto, ou mero indício.

 

 

A DAMA SÚBITA
 

Pensar a morte não
Traz paz ao coração
A morte é o limite
Do pulsar quase mudo
Do tempo absurdo
Que insiste, e insiste...

 

Quando morte chega,
Com sua visão cega,
Não tende a escolher
Não tende a dividir
Em categorias a existir
Vem, pronta, para colher.

Assim, a morte aprecia
Com vívida agonia
As várias sombras humanas:
— Há homens que são flores,
Há flores que são cores.
— Morte mundana.

Olha o abismo profundo
E seu rastejar imundo
Para dentro de si:
— Há homens que são nada,
Arfando sobre as escadas.
— Morre, procurando o fim.

Pensar a morte não
Traz resposta ao coração
A morte é sempre dúvida.
Não há destino comprovado.
— Morte: a Dama Súbita.

 

*

 

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Página publicada em dezembro de 2021


 

 

 
 
 
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